Luz,
sombra,
grafite e carvão,
tinta,
dedos,
olhos,
perspectiva visualizada,
riscos a confundir.
Ousar e (Ar)Riscar novamente.
Reinventar.
Depois de tudo,
o melhor é a Cor,
a serenidade
e a partilha de um novo pedaço.
Cada quadro meu é um rendilhado de tudo isto e penso que assim também deve ser a vida: uma ressonância de experiências (tentadas e acumuladas) e perante aquilo que nos pareça feio, voltar a arriscar e voltar a dar. Acredito que somos todos imagens inacabadas, mas sermos mais ou menos coloridos é já uma questão de opção.
Colorir devia ser razão incondicional para viver, assim como sermos cúmplices da nossa cor interior... Para não endurecer o nosso rosto, coração ou valores com os obstáculos e as pessoas de alma descolorada que se cruzam connosco. Para sermos humanos e profundos. Para continuarmos a ter a capacidade de pintar e deixarmo-nos ser pintados por outras cores. Para não ficarmos escravizados e acinzentados. Ousar e (Ar)Riscar eis a questão.
Sofia Martinho
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